Vista das costas e pescoço de uma criança com erupções cutâneas vermelhas e coceira, mostrando os sintomas de catapora em criança. A mão da criança está coçando a área do pescoço.

Sintomas de catapora em criança: guia para pais cuidarem com confiança

Pré-escolar
Artigo
Ago 10, 2025
8mins

Saiba quais são os sinais da catapora em crianças e como acompanhar a evolução das lesões. Dicas para cuidar em casa, quando buscar o pediatra e evitar a transmissão.

A catapora é uma doença infecciosa muito comum na infância, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Para os pais, ficar atento aos sintomas de catapora em criança é essencial, pois o diagnóstico precoce ajuda no cuidado adequado e na prevenção da transmissão para outras crianças e familiares.

Neste texto, vamos te ajudar a reconhecer os primeiros sinais, entender a evolução das lesões, oferecer orientações para cuidar do seu filho em casa, além de explicar quando é importante procurar um pediatra.

Boa leitura!

O que é a catapora?

A catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa muito comum na infância, causada pelo vírus varicela-zóster. Ela se manifesta principalmente por meio de pequenas manchas vermelhas que evoluem para bolhas cheias de líquido, causando muita coceira pelo corpo todo.

Esse vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido pelo contato direto com as bolhas, gotículas de saliva ao tossir ou espirrar, ou por objetos contaminados. Normalmente, a doença começa com sintomas parecidos com os de uma gripe: febre, cansaço e mal-estar, antes das erupções na pele aparecerem.

Embora geralmente seja benigna e dure cerca de uma semana, requer cuidados especiais para aliviar os sintomas e evitar complicações. A boa notícia é que, após o primeiro contato com o vírus, a pessoa desenvolve imunidade e dificilmente pega catapora novamente.

Além disso, a vacinação é uma forma eficaz de prevenir a doença. Esse cuidado ajuda a proteger não só a criança doente, mas toda a família e a comunidade.

Quais os primeiros sintomas de catapora em criança?

A catapora começa, geralmente, com sintomas parecidos com uma gripe branda, que costumam aparecer de 1 a 2 dias antes de surgirem as manchinhas na pele. Seu filho pode ficar um pouco febril — às vezes com febre baixa — além de sentir dor de cabeça, cansaço, mal-estar e perder um pouco o apetite.

Em bebês, pode haver também irritabilidade ou choro fácil. Logo depois vêm as famosas manchas vermelhas, que aparecem primeiro no rosto, tronco ou couro cabeludo, e depois vão se espalhando pelo corpo todo, inclusive braços, pernas e até regiões como a palma das mãos e planta dos pés.

Essas manchas evoluem para bolhas pequenas, cheias de um líquido transparente, que causam muita coceira e desconforto para a criança. Além das bolhas, podem surgir feridas ou crostinhas conforme elas vão secando. É importante ficar de olho porque a coceira intensa pode levar a infecções secundárias se a criança coçar demais.

Como identificar a evolução das lesões na pele

Depois que as primeiras manchas vermelhas aparecem, é hora de ficar de olho na evolução das lesões na pele do seu filho. Essa fase é bem característica e, entender como as lesões mudam ao longo do tempo ajuda você a cuidar melhor e a saber como aliviar o desconforto.

No início, as manchas avermelhadas surgem de forma espalhada, parecendo pequenos pontinhos pelo corpo. Aos poucos, essas manchas vão se transformando em bolhas pequenas e cheias de um líquido clarinho — parece perfeitinho, mas pode coçar bastante!

Essas bolhas são super sensíveis e, quando a criança coça muito, elas podem estourar, o que é normal, mas exige cuidado para evitar infecções. Depois que as bolhas rompem, começam a aparecer as crostas, uma espécie de casquinha que protege a pele durante a cicatrização.

Essa etapa costuma indicar que a doença está melhorando, embora a coceira ainda possa incomodar. Lembre-se de que essas lesões podem surgir em diferentes etapas, então vão aparecer manchas, bolhas e crostas ao mesmo tempo em partes diferentes do corpo — é comum ver lesões em vários estágios juntos.

Cuidados caseiros para aliviar os sintomas de catapora em criança

Uma mãe ou cuidadora aplicando um creme ou loção calmante nas bolhas do rosto de uma criança pequena com catapora, ilustrando a forma de tratar e aliviar os sintomas de catapora em criança.
  1. Uma dica valiosa é manter as unhas do seu filho sempre cortadinhas e limpas — isso ajuda a evitar que ele se machuque ao coçar e diminui o risco de infecções nas lesões.
  2. Roupas leves e feitas de tecidos naturais, como algodão, também são ótimas para não irritar ainda mais a pele sensível.
  3. O banho morno, sem usar água muito quente, pode trazer alívio.
  4. Banhos com aveia coloidal (aveia fininha dissolvida na água) são super indicados porque ajudam a acalmar a coceira e deixam a pele mais suave.
  5. Evite usar sabonetes ou produtos muito perfumados para não ressecar a pele.
  6. Manter a criança bem hidratada, oferecendo bastante água e sucos naturais, também é essencial, pois ajuda o corpo a se recuperar melhor.
  7. Passe cremes ou loções indicados pelo pediatra para aliviar a coceira, nunca usando medicamentos sem orientação médica.
  8. Além disso, tente distrair seu filho com brincadeiras leves e carinhos, para que ele se esqueça um pouco da vontade de coçar.
  9. Se a coceira estiver muito intensa, compressas frias podem ajudar a dar um alívio momentâneo.

Quando procurar o pediatra?

Mesmo com todos os cuidados em casa, é muito importante saber quando é hora de buscar ajuda médica para o seu filho. A catapora costuma ser uma doença leve e que melhora com o tempo, mas algumas situações pedem atenção extra para garantir que tudo corra bem e evitar complicações.

Procure o pediatra se você notar que a febre do seu filho está muito alta (acima de 38,5°C) e não baixa com os remédios indicados, ou se a febre dura mais que quatro dias. Também fique atento a sinais de falta de apetite muito intensa, cansaço exagerado ou sonolência diferente do normal.

Se as bolhas estiverem aumentando muito, com muita vermelhidão, pus, inchaço ao redor ou dor forte, isso pode indicar uma infecção secundária e precisa ser avaliada pelo médico. Outro sinal de alerta é quando seu filho passa a ter dificuldade para respirar, vômitos frequentes, dor de cabeça muito forte, confusão ou se apresentar qualquer sintoma que te deixa realmente preocupado.

Além disso, se seu filho tiver alguma condição de saúde pré-existente, como asma, problemas no sistema imunológico ou estiver tomando algum medicamento que enfraqueça a defesa do organismo, o acompanhamento médico deve ser ainda mais cuidadoso.

Prevenção e controle da transmissão da catapora

Como falamos, a catapora é altamente contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as bolhas, pela saliva ao tossir ou espirrar, e até pelo contato com objetos e roupas contaminadas.

Por isso, uma das primeiras atitudes é manter a criança afastada de ambientes com outras crianças, como escola, creche e áreas públicas, até que todas as lesões estejam secas e completamente cicatrizadas. Isso costuma levar cerca de uma semana após o surgimento das primeiras manchas.

Dentro de casa, é importante separar toalhas, roupas de cama e utensílios pessoais do pequeno para evitar que o vírus passe para outras pessoas da casa. Lave tudo com bastante cuidado e mantenha o ambiente limpo e arejado.

A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir a catapora e reduzir a gravidade caso a doença apareça. Se seu filho ainda não recebeu a vacina, converse com o pediatra sobre a melhor hora para iniciar essa proteção.

Além disso, adultos que nunca tiveram catapora ou não foram vacinados também podem considerar a imunização para evitar contágio. Ensinar a criança a cobrir a boca ao tossir ou espirrar, lavar as mãos com frequência e evitar coçar as lesões são cuidados simples, mas que fazem muita diferença para controlar a transmissão.

Mitos e verdades sobre a catapora

A catapora é uma doença muito conhecida, mas ainda cercada de dúvidas e histórias que às vezes confundem quem cuida das crianças. Vamos separar o que é fato do que é mito para ajudar você a entender melhor e cuidar do seu filho com ainda mais segurança.

Mito 1: Só crianças podem pegar catapora

Na verdade, qualquer pessoa — crianças, adolescentes e adultos — pode contrair catapora caso não tenha sido vacinada ou já tenha tido a doença.

Verdade 1: Quem teve catapora pode desenvolver herpes-zóster no futuro

Isso porque o vírus varicela-zóster permanece no corpo mesmo depois da cura e pode ser reativado anos depois, principalmente com a queda da imunidade, causando o conhecido “cobreiro”.

Mito 2: Todas as lesões da catapora deixam cicatrizes

Nem sempre. As marcas aparecem principalmente se a criança coçar muito as bolhas ou se as feridas ficam expostas ao sol. Com cuidado e sem coçar, a pele geralmente se recupera sem cicatrizes permanentes.

Verdade 2: A catapora é altamente contagiosa

O vírus se espalha facilmente pelo contato direto com as bolhas, saliva ao tossir ou espirrar, e por objetos contaminados. Por isso, o distanciamento e a higiene são importantes até que as lesões estejam completamente cicatrizadas.

Mito 3: É melhor que todos da família peguem catapora para ficarem protegidos

Isso é um erro. Expor intencionalmente os irmãos ou familiares ao vírus pode causar complicações, principalmente em adultos e pessoas com o sistema imunológico fragilizado. O mais seguro é apostar na vacinação.

Verdade 3: A vacinação é a melhor forma de prevenir a catapora e suas complicações

Tomar as duas doses recomendadas da vacina é a forma mais segura de proteger seu filho, além de reduzir o risco de formas graves da doença.

Mito 4: Catapora é a mesma coisa que herpes labial

Não! Apesar de ambos serem causados por vírus da mesma família, herpes-zóster (cobreiro) e herpes labial são doenças diferentes, com causas, sintomas e tratamentos distintos.

Conclusão

Cuidar da catapora em criança pode parecer um desafio, mas com atenção, carinho e as informações certas, você consegue passar por essa fase com muito mais tranquilidade.

Reconhecer os primeiros sintomas, acompanhar a evolução das lesões, oferecer cuidados simples em casa e saber exatamente quando procurar o pediatra são passos fundamentais para garantir o conforto e a segurança do seu pequeno.

Lembre-se também da importância da prevenção — principalmente por meio da vacinação e dos cuidados para evitar a transmissão — que protege não só seu filho, mas toda a família e a comunidade em que vocês vivem.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

Avaliações

0

0 avaliações

Classificação

  • 5 star
    0
  • 4 star
    0
  • 3 star
    0
  • 2 star
    0
  • 1 star
    0

Faça Parte do

  Faça Parte do

Tenha acesso aos benefícios!

Descontos

Parcerias

Opções exclusivas para você e seu bebê! Confira nossos parceiros!

Conteúdos

Conteúdos e Ferramentas

Conteúdos especiais e Ferramentas interativas para te apoiar em toda a jornada!

Informação

Teste Grátis Kinedu

Acesse conteúdos sobre o desenvolvimento do seu pequeno no aplicativo Kinedu!

Especialistas

Especialistas

Tire suas dúvidas com um especialista preparado para te atender!