Profissional da saúde aplicando o teste da orelhinha em um bebê no colo, usando um pequeno fone no ouvido da criança para verificar a capacidade auditiva.

Teste da orelhinha: guia completo sobre a Triagem Auditiva Neonatal

0 a 5 meses
Artigo
Ago 16, 2025
4mins

O teste da orelhinha é obrigatório até 48h após o nascimento para detectar precocemente a perda auditiva. Saiba como é feito, sua importância e os próximos passos.

O teste da orelhinha tem grande importância na identificação precoce de possíveis problemas auditivos nos bebês, sendo fundamental para garantir um desenvolvimento saudável e adequado.

O teste da orelhinha, conhecido tecnicamente como Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), é um exame simples, rápido e não invasivo, feito de preferência nas primeiras 48 horas de vida do bebê, ainda na maternidade. Ele é obrigatório por lei e deve ser realizado em todos os recém-nascidos, antes mesmo da alta hospitalar.

Quer saber como é feito o teste da orelhinha e para que serve? Neste artigo, vamos te explicar tudo sobre esse importante exame realizado em recém-nascidos. Além disso, abordaremos a sua obrigatoriedade e os detalhes de como é realizado. Então, continue a leitura!

O que é a Triagem Auditiva Neonatal (TANU)? 

O Teste da Orelhinha, também conhecido como Triagem Auditiva Neonatal, é um procedimento médico fundamental realizado em recém-nascidos para avaliar a capacidade auditiva dos bebês. Esse nome grande esconde uma missão simples: garantir que cada bebê tenha a chance de desenvolver plenamente a audição, a fala e a linguagem.

Este teste é obrigatório por lei desde 2010 com a promulgação da Lei Federal nº 12.303/2010, com o intuito de identificar precocemente qualquer grau de surdez ou problemas auditivos que possam afetar o desenvolvimento da criança.

Afinal, ouvir os primeiros sons do mundo é essencial para aprender a falar, se comunicar e interagir com a família e o ambiente. Super rápida e indolor, a TANU utiliza equipamentos modernos que emitem pequenos sons nos ouvidos do bebê e captam as respostas do ouvido interno.

O que o teste da orelhinha detecta?

Perda auditiva congênita: O objetivo principal é identificar logo cedo qualquer grau de perda auditiva que possa ter origem ainda durante a gestação. Assim, fica mais fácil tomar providências e garantir que o bebê possa se desenvolver com toda a potência da audição.

Alterações auditivas de menor grau: Não é só a surdez total que preocupa — o exame também aponta perdas parciais, permitindo diagnóstico e acompanhamento adequados antes que isso afete a fala e o aprendizado.

Dificuldades decorrentes de fatores de risco: Bebês prematuros, com histórico familiar de problemas auditivos, ou que passaram por situações delicadas ao nascer, podem ser identificados com maior precisão para acompanhamento especial.

Veja também: Conheça o Sequenciamento de Nova Geração: o Novo Teste Genético de Triagem Neonatal

Quando deve ser realizado o teste da orelhinha?

O Teste da Orelhinha deve ser realizado nos primeiros dias de vida do bebê, ainda na maternidade. Normalmente, é realizado entre o 2º e o 3º dia de vida. É um procedimento obrigatório em muitos países e faz parte do protocolo de cuidados neonatais.

Além disso, é importante destacar que alguns bebês apresentam fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver problemas auditivos, como:

  • nascimento prematuro;
  • baixo peso ao nascer;
  • histórico familiar de surdez;
  • malformações craniofaciais;
  • infecções durante a gravidez da mãe;
  • entre outros.

Nestes casos, o teste é ainda mais crucial, e é recomendado que seja repetido após 30 dias, independentemente do resultado inicial, para garantir a detecção precoce e o início do tratamento adequado, se necessário.

Veja também: Milium em recém-nascido: o que é? Tratamento e prevenção

Obrigatoriedade da TANU

Quando o assunto é garantir a saúde e o desenvolvimento das crianças, todo cuidado é pouco — e por isso o teste da orelhinha, oficialmente chamado de Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), não é apenas uma recomendação: ele é um direito do seu bebê!

A TANU se tornou obrigatória e gratuita em todo o Brasil a partir da Lei Federal nº 12.303, de 2010. Isso significa que todas as maternidades e hospitais, públicos ou privados, devem oferecer o exame para todos os recém-nascidos, sem nenhum custo adicional para as famílias.

A lei visa garantir que cada bebê tenha a oportunidade de ter sua audição verificada logo nos primeiros dias de vida, ainda na maternidade, preferencialmente até 48 horas após o nascimento.

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O que acontece se não fizer o teste da orelhinha?

Deixar de realizar o teste da orelhinha pode trazer algumas consequências importantes para o desenvolvimento do bebê, e é por isso que ele é tão recomendado (e obrigatório!). Como a perda auditiva muitas vezes não apresenta sinais nos primeiros dias de vida, sem esse exame, qualquer alteração na audição pode passar despercebida por meses ou até anos.

Se a dificuldade auditiva só for descoberta mais tarde, o bebê pode ter atrasos no desenvolvimento da fala, da linguagem e até mesmo na socialização e aprendizado escolar. Isso porque ouvir bem é fundamental para absorver o mundo, interagir, aprender palavras novas e criar laços com a família desde cedo.

Teste da orelhinha: para que serve?

Bebê deitado sorrindo durante a realização do teste da orelhinha, exame essencial para avaliar a audição nos primeiros dias de vida.

A audição desempenha um papel crucial no desenvolvimento da linguagem e na comunicação da criança com o mundo ao seu redor. Portanto, o teste da orelhinha permite a detecção precoce de qualquer grau de surdez, incluindo surdez profunda, que pode afetar significativamente a qualidade de vida da criança se não for tratada a tempo.

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Importância da TANU para o desenvolvimento da criança

Base para o desenvolvimento da linguagem: É ouvindo que o bebê aprende a falar. Qualquer alteração auditiva não identificada logo cedo pode prejudicar a aquisição da fala e impactar o aprendizado futuro.

Intervenção rápida e eficaz: Detectar precocemente qualquer alteração na audição permite iniciar o tratamento o quanto antes, evitando atrasos na fala, na comunicação e no desenvolvimento social da criança.

Promoção de inclusão e bem-estar: Saber que o bebê ouve bem significa garantir oportunidades iguais para brincar, estudar, criar amizades e se expressar com confiança.

Prevenção de prejuízos futuros: Crianças que não passam pelo teste e possuem alguma perda auditiva correm maior risco de enfrentar dificuldades na escola, problemas de interação e compreender menos o mundo ao redor.

Teste da orelhinha: como é feito?

O Teste da Orelhinha é um procedimento simples e não invasivo que não causa dor ou desconforto ao bebê. Durante o teste, um aparelho é colocado na orelha do bebê, emitindo estímulos sonoros suaves. Uma pequena sonda é inserida na orelha para registrar as respostas do sistema auditivo do bebê.

Os profissionais de saúde, como fonoaudiólogos e pediatras, analisam essas respostas para determinar se a audição do bebê está dentro dos parâmetros esperados para a idade. O teste geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser concluído.

Veja também: Teste da bochechinha: entenda a importância dessa triagem neonatal

E se o teste apresentar alguma alteração? 

Caso o teste indique alguma alteração na audição do bebê, isso não significa necessariamente que a criança tenha um problema auditivo permanente. No entanto, conforme o Ministério da saúde, profissionais especializados, como fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas, podem realizar exames mais detalhados para iniciar o tratamento adequado, quando necessário, o mais cedo possível.

Existem várias razões pelas quais o teste pode indicar uma alteração, e é fundamental seguir as orientações dos profissionais de saúde para uma avaliação mais detalhada e, se necessário, o início do tratamento adequado. A seguir, apresentamos algumas etapas a serem seguidas se o teste da orelhinha revelar uma alteração:

Repetição do teste

Em alguns casos, o teste pode indicar uma alteração em apenas uma das orelhas do bebê. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido à presença de líquido no ouvido, que pode ser líquido amniótico remanescente do nascimento. Nestes casos, o médico pode recomendar repetir o teste após aproximadamente 1 mês para verificar se a alteração persiste.

Monitoramento do desenvolvimento

Além da realização do teste, é importante acompanhar o desenvolvimento auditivo do bebê ao longo dos primeiros meses e anos de vida. O pediatra pode realizar avaliações periódicas para verificar como o bebê está respondendo aos estímulos sonoros e se está atingindo os marcos esperados em seu desenvolvimento auditivo.

Esses marcos incluem desde a reação a sons até o desenvolvimento da fala, à medida que a criança cresce.

É comum o teste da orelhinha falhar?

Muitos pais ficam apreensivos ao receberem o resultado do teste da orelhinha, especialmente quando aparece aquela palavrinha: “reteste”. Mas pode ficar tranquilo, porque na maioria das vezes, o teste não é definitivo logo de primeira — e isso é mais comum do que parece!

É normal o teste da orelhinha falhar, principalmente nos primeiros dias de vida do bebê. Isso acontece por diversos motivos simples, como excesso de vernix (aquela camada branca protetora que cobre o ouvido do recém-nascido), restos de líquido amniótico, movimentos inesperados do bebê na hora do exame ou até mesmo um choro mais forte.

Nenhuma dessas situações significa, necessariamente, que existe um problema auditivo. Por isso, quando o teste não “passa”, não é motivo para pânico! O reteste é super indicado justamente para confirmar o resultado e garantir que tudo está bem.

Na maioria dos casos, após a repetição do exame — que é tão rápido e indolor quanto o primeiro — o bebê é liberado com a audição certinha. Se, mesmo assim, houver alguma alteração, o próximo passo é fazer exames complementares para investigar melhor a causa. 

Fazer o teste da orelhinha é um gesto de amor e cuidado

Neste artigo, apresentamos informações cruciais sobre o teste da orelhinha, esclarecendo o que é, qual o propósito desse teste e como é realizado.

Abordamos como o teste da orelhinha é fundamental para identificar precocemente qualquer problema auditivo, permitindo intervenções adequadas e oportunas. Além disso, exploramos como o teste é realizado, destacando a simplicidade e a ausência de desconforto para o bebê.

Fornecemos orientações claras sobre quando esse teste deve ser feito, enfatizando que ele é obrigatório e geralmente realizado nos primeiros dias de vida do bebê, ainda na maternidade.

Por fim, discutimos o cenário em que o teste da orelhinha apresenta alguma alteração. Explicamos as etapas a serem seguidas, desde a repetição do teste até a consulta com especialistas, se necessário.

Para obter mais informações e orientações sobre cuidados com bebês, continue acompanhando os conteúdos informativos do Nestlé FamilyNes. A nossa missão é fornecer a você, as ferramentas necessárias para garantir um início de vida saudável e promissor para os pequenos.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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