Um bebê com erupções cutâneas vermelhas no rosto, que pode ser um dos sintomas de APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca) em bebê.

O que é APLV em bebê: sintomas, diagnóstico e cuidados iniciais

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Artigo
Nov 12, 2025
6mins

Descubra o que é APLV em bebê, quais são os sintomas mais comuns e como é feito o diagnóstico. Um guia para pais acompanharem a saúde dos pequenos.

Você já ouviu falar em APLV, mas não sabe exatamente o que é? A sigla significa alergia à proteína do leite de vaca, um tipo de alergia alimentar que pode afetar bebês e crianças.

Essa alergia acontece quando o sistema imunológico do bebê vê as proteínas do leite de vaca como "inimigas" e reage de forma exagerada. Os sintomas podem variar bastante e se confundem com outras condições, indo desde coceiras e erupções na pele até vômitos, diarreia e até dificuldade para respirar.

Por isso, quando os primeiros sinais aparecem, o mais importante é procurar um pediatra para uma avaliação cuidadosa. Neste guia, você vai entender melhor o que é a APLV, os sintomas mais comuns e como é feito o diagnóstico, para que possa cuidar do seu pequeno com toda a atenção que ele merece.

O que é APLV em bebê?

A Alergia à Proteína do Leite de Vaca, ou simplesmente APLV, é uma reação do sistema imunológico do bebê às proteínas presentes no leite de vaca, como a caseína e a lactoglobulina.

Quando o corpo do pequeno entende essas proteínas como algo estranho, ele pode desencadear uma série de sintomas que variam bastante. É importante saber que a APLV é diferente da intolerância à lactose, pois envolve o sistema de defesa do corpo, e não apenas a dificuldade de digerir o açúcar do leite.

Essa alergia costuma aparecer nos primeiros meses de vida e pode afetar a digestão, a pele e até o sistema respiratório do bebê. Portanto, ao suspeitar desse quadro, o melhor caminho é procurar um pediatra que possa orientar os próximos passos para o diagnóstico e o tratamento adequados.

Diferenciação entre APLV e intolerância à lactose

Embora ambas estejam relacionadas ao leite de vaca, a APLV e a intolerância à lactose são condições bem distintas. A APLV é uma alergia — o sistema imunológico do bebê reage às proteínas do leite, podendo causar sintomas como urticária, vômitos, cólicas, diarreia e até dificuldade para respirar.

Já a intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz a enzima lactase suficiente para digerir o açúcar do leite, causando sintomas como gases, inchaço e diarreia, mas sem envolvimento do sistema imunológico.

Entender essa diferença é fundamental para garantir que o bebê receba o cuidado correto e se sinta bem em todas as fases de seu desenvolvimento.

Veja também: Você sabe a diferença entre fórmula de primeira infância e o leite de vaca?

Quais os sintomas de APLV no bebê?

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) pode se manifestar de várias formas nos bebês, e é importante ficar atento aos sinais para garantir o cuidado adequado desde os primeiros sintomas.

Com a APLV, o corpo do bebê reage às proteínas do leite de vaca, causando desconfortos que podem afetar a digestão, a pele e até a respiração.

O tempo até o aparecimento dos sintomas também varia! Após o consumo da proteína do leite de vaca, os sintomas podem aparecer imediatamente, em algumas horas ou até após dias.

É importante lembrar que, devido a diversidade de sintomas, não existe um padrão. Cada bebê com APLV pode apresentar sintomas diferentes. A descrição abaixo traz alguns dos mais comuns, mas apenas um pediatra pode avaliar se estão associados a APLV ou não.

Sintomas digestivos

Os sintomas digestivos podem incluir dificuldade para engolir, falta de apetite, regurgitação frequente, vômitos, cólicas intensas, diarreia (que às vezes pode conter sangue ou muco), prisão de ventre, e até sangue nas fezes.

O bebê também pode apresentar desconforto abdominal e sensação de saciedade rápida, recusando o alimento.

Sintomas respiratórios

A APLV pode afetar o sistema respiratório, causando sintomas como coriza, obstrução nasal, tosse persistente, chiado no peito e dificuldade para respirar. Esses sintomas geralmente não estão associados a infecções respiratórias comuns, por isso é fundamental observar se surgem após a ingestão do leite de vaca.

Sintomas de pele

Os sinais na pele são bastante visíveis e incluem urticária — que são placas vermelhas que coçam, eczema atópico (uma espécie de dermatite com pele seca, vermelha e descamativa), coceira intensa, inchaço nos lábios e pálpebras, e até angioedema, que é um inchaço mais profundo da pele.

Como fica a pele de um bebê que tem APLV?

Nos casos em que o bebê apresenta sintomas de pele associados a APLV, sua pele pode apresentar áreas avermelhadas, ásperas e bastante sensíveis, com descamação e até feridas em alguns casos. A coceira causada pela alergia deixa o bebê inquieto e desconfortável, podendo piorar durante o dia e à noite.

Como é o cocô de um bebê que tem APLV?

O cocô do bebê com APLV pode variar bastante, pode ser desde fezes amolecidas ou diarreicas, algumas vezes com presença de muco ou sangue, até podendo haver dificuldade para evacuar, com fezes ressecadas e esforço, além de irritação na região anal devido à acidez ou presença de substâncias irritantes.

Manter atenção a esses sintomas e buscar ajuda médica é fundamental para um diagnóstico preciso e para garantir o bem-estar do bebê. Com orientação certa, é possível controlar a alergia e oferecer mais conforto para os pequenos.

Como é feito o diagnóstico da APLV?

Um bebê sorrindo enquanto é alimentado com uma colher. A imagem pode ser usada para ilustrar a introdução alimentar e a importância de identificar alergias como a APLV em bebê.

O diagnóstico da APLV começa com uma conversa detalhada com o pediatra, onde os pais contam sobre os sintomas do bebê, quando aparecem e com que intensidade. É importante informar tudo que o bebê comeu, principalmente se inclui leite de vaca ou derivados.

O médico pode pedir para retirar os alimentos que contenham essa proteína da dieta do bebê (ou da mãe, se ele for amamentado) por um tempo — essa é a chamada dieta de exclusão.

Se os sintomas melhorarem nesse período e voltarem ao reintroduzir o alimento, a suspeita de APLV fica ainda mais forte. Para confirmar, é comum fazer o teste de provocação oral, que deve ser feito sob supervisão médica, onde o bebê consome o leite ou derivado para observar se os sintomas retornam.

Exames de sangue e testes de alergia na pele podem ajudar, mas o diagnóstico definitivo depende da avaliação médica completa.

APLV tem cura?

A boa notícia é que, na maioria dos casos, a APLV tem cura! Muitos bebês superam a alergia até os 2 ou 3 anos de idade, mas isso precisa ser acompanhado por um profissional.

O tempo para a tolerância aparecer varia e o pediatra pode orientar quando é seguro tentar reintroduzir o leite na dieta. Enquanto isso, é fundamental evitar a proteína do leite para que o bebê fique confortável e seguro.

Cuidados iniciais e orientações para os pais

Se seu bebê foi diagnosticado com APLV, o primeiro passo é manter uma dieta cuidadosa, eliminando o leite de vaca e seus derivados da alimentação dele e, se amamentado, da mãe também.

É essencial acompanhar o crescimento e o desenvolvimento com o pediatra e um nutricionista para garantir que o bebê receba todos os nutrientes necessários. Observe atentamente o aparecimento de sintomas e nunca faça mudanças na dieta sem orientação médica.

Além disso, fique tranquilo: com o cuidado certo, seu bebê pode crescer saudável e feliz, superando essa fase com muito amor e atenção.

Veja também: O leite materno e o cérebro do seu bebê

Conclusão

Entender o que é APLV em bebê, reconhecer seus sintomas e saber como é feito o diagnóstico são passos essenciais para cuidar bem do seu pequeno.

Lembre-se que a APLV é uma alergia que o corpo da criança pode superar com o tempo, especialmente quando há um acompanhamento médico atento e uma alimentação adequada.

Os cuidados iniciais, como a exclusão da proteína do leite de vaca da dieta do bebê e, se necessário, da mãe, garantem o conforto e o desenvolvimento saudável da criança.

Não hesite em buscar o pediatra sempre que desconfiar de algum sintoma. Com informação, atenção e apoio, é possível superar essa fase com tranquilidade e muito amor, oferecendo ao bebê o melhor começo para sua jornada de crescimento.

As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas.

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