
Fototerapia em bebê: quando é necessária e quais cuidados adotar
Receber a notícia de que o seu filho precisará de fototerapia pode gerar ansiedade, especialmente quando é o primeiro contato com esse procedimento. No entanto, é importante saber que a fototerapia em bebê é um tratamento comum, seguro e altamente eficaz para a icterícia neonatal.
Neste guia, vamos explicar de forma clara e tranquila o que é a icterícia, por que ela acontece, como a fototerapia funciona, quais cuidados são necessários e o que esperar durante e após o tratamento. Acompanhe e entenda!
O que é a icterícia e por que acontece nos primeiros dias de vida?
A icterícia é uma condição caracterizada pelo tom amarelado da pele e dos olhos do recém-nascido. Ela acontece devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue, uma substância resultante da quebra natural das hemácias.
Nos primeiros dias de vida, o fígado do bebê ainda está imaturo e não consegue processar a bilirrubina com rapidez suficiente, o que leva ao seu acúmulo.
Esse quadro é muito comum — estima-se que cerca de 60% dos bebês a termo e 80% dos prematuros apresentem algum grau de icterícia na primeira semana de vida, segundo o NIH (National Institute of Health). Na maioria dos casos, ela é fisiológica, ou seja, faz parte da adaptação natural do organismo.
No entanto, quando os níveis de bilirrubina ficam elevados, é necessário tratamento para evitar complicações.
Por que a fototerapia é indicada para tratar a icterícia?
A fototerapia em bebê é o tratamento mais utilizado e seguro para reduzir os níveis de bilirrubina. A luz especial usada no procedimento ajuda a transformar a bilirrubina presente no organismo em uma forma mais fácil de ser eliminada pelo fígado e pelos rins.
Além de eficaz, a fototerapia é um método não invasivo, indolor e com baixíssimo risco de efeitos adversos. Ela pode ser realizada no hospital ou, em alguns casos, em casa, com equipamentos portáteis indicados pelo médico.
O principal objetivo é proteger o bebê de complicações neurológicas raras, mas graves, que podem ocorrer se a bilirrubina atingir níveis muito altos.
Como funciona o procedimento de fototerapia?
Durante a fototerapia, o bebê é colocado de fralda em uma incubadora ou berço aquecido, exposto a uma luz azul especial. Essa luz não é ultravioleta, portanto, não provoca queimaduras solares. Para proteger a visão, o bebê usa uma venda ou óculos específicos.
O tratamento exige monitoramento constante por parte da equipe médica, que verifica a temperatura, a hidratação e a evolução dos níveis de bilirrubina. Também é importante que o bebê seja alimentado regularmente, já que a hidratação ajuda na eliminação da bilirrubina pelas fezes e urina.
Cuidados durante a fototerapia
Durante a fototerapia em bebê, alguns cuidados são essenciais para garantir a eficácia e a segurança do tratamento:
- Proteção dos olhos: a venda ou óculos devem permanecer bem ajustados para evitar danos à visão;
- Hidratação: manter as mamadas frequentes ajuda a eliminar a bilirrubina;
- Monitoramento constante: temperatura, peso e sinais de desconforto devem ser avaliados regularmente;
- Contato com os pais: sempre que possível, pausas breves para o aconchego e amamentação fortalecem o vínculo e acalmam o bebê.
Quantos dias o bebê fica no banho de luz?
O tempo de exposição à luz varia de acordo com o nível de bilirrubina e a resposta do bebê ao tratamento. Em muitos casos, poucas horas já podem trazer uma melhora significativa, mas o tratamento pode durar de 1 a 3 dias ou mais.
Alguns bebês podem precisar de pausas curtas para alimentação e higiene, mas o ideal é que passem o máximo de tempo possível sob a luz para que o tratamento seja mais eficiente. O acompanhamento médico é fundamental para definir o momento de encerrar o procedimento.
Quais os riscos que o RN pode ter com a fototerapia?
A fototerapia é considerada segura, mas, como todo procedimento médico, pode apresentar efeitos colaterais leves e temporários. Entre eles estão a perda de líquidos (por aumento da transpiração), pequenas erupções na pele e alterações nas fezes, que podem ficar mais esverdeadas.
Essas mudanças são transitórias e desaparecem após o fim do tratamento. Em raríssimos casos, pode ocorrer superaquecimento ou desidratação, mas isso é evitado com monitoramento adequado da equipe de saúde.
Como fica o bebê depois da fototerapia?

Após o término da fototerapia, a maioria dos bebês apresenta uma melhora visível na cor da pele e dos olhos, com o amarelado diminuindo gradualmente. O bebê pode ficar mais sonolento durante o tratamento, mas isso tende a normalizar após o fim da exposição à luz.
O pediatra poderá solicitar um novo exame de bilirrubina um ou dois dias depois, para garantir que os níveis continuem estáveis. Em casos raros, pode ser necessário reiniciar o tratamento.
Quantos dias sai o amarelo do bebê?
O tempo para a cor da pele voltar ao normal varia de acordo com cada criança. Em geral, o amarelado desaparece em poucos dias após o tratamento. No entanto, em casos de icterícia mais intensa, pode levar uma semana ou mais para que a pele recupere totalmente o tom habitual.
A alimentação adequada e a exposição à luz natural indireta, conforme orientação médica, podem ajudar na eliminação mais rápida da bilirrubina.
Conclusão
Saber que seu bebê precisará de fototerapia pode gerar insegurança, mas entender o processo ajuda a trazer tranquilidade. A fototerapia em bebê é um tratamento seguro, eficaz e amplamente utilizado para combater a icterícia, acelerando a recuperação e evitando complicações.
Com o acompanhamento médico adequado, cuidados simples e paciência, a tendência é que em poucos dias o bebê esteja com a saúde e a cor da pele normalizadas. Lembre-se: seguir as orientações da equipe de saúde é a chave para que essa fase seja apenas mais um passo tranquilo no início da vida do seu filho.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
Gostou deste conteúdo? Então, confira quais as infecções fúngicas comuns na pele dos bebês!