Um menino está bebendo água de um copo transparente, olhando para a câmera, sob um fundo azul.

Desidratação infantil: como reconhecer, prevenir e agir

1 a 3 anos
Artigo
Jul 20, 2025
9mins

Aprenda a identificar os sinais de desidratação infantil, como boca seca e olhos fundos, entenda as causas comuns e saiba quando buscar ajuda médica.

Se o calor intenso e as ondas de calor têm deixado você preocupado com a saúde dos pequenos, saiba que a desidratação infantil é um problema sério que merece atenção especial.

Com o aumento das temperaturas e o risco de enterovirose, que provoca vômitos e diarreia, as crianças ficam mais vulneráveis à perda rápida de líquidos do corpo. Por isso, é fundamental reconhecer os sinais de desidratação, como boca seca, olhos fundos, urina escura e letargia, para agir rápido e evitar complicações.

As causas mais comuns de desidratação em crianças são os vômitos, diarreia, febre e o calor intenso, que aceleram a perda de água e sais minerais essenciais para o organismo funcionar bem.

Aqui queremos ajudar você a cuidar do seu filho com informações práticas e confiáveis para enfrentar esses desafios do dia a dia com mais tranquilidade e segurança. Vamos juntos entender melhor como identificar e agir diante da desidratação infantil? Boa leitura!

O que é desidratação infantil?

Desidratação infantil acontece quando o corpinho da criança perde mais água do que consegue repor, deixando o organismo sem o líquido necessário para funcionar direitinho. Isso é muito comum quando os pequenos enfrentam vômitos, diarreia ou febre alta, que fazem o corpo eliminar muita água e sais importantes chamados eletrólitos.

Como os bebês e crianças pequenas têm uma proporção maior de água no corpo e metabolismo acelerado, eles ficam mais vulneráveis a esse desequilíbrio. Quando a desidratação começa, a criança pode ficar com a boca seca, os olhos fundos, urina escura e até mais cansada ou sonolenta.

Se não for tratada, pode evoluir para quadros graves, que exigem atenção médica urgente. Por isso, é fundamental oferecer líquidos com frequência e ficar de olho nos sinais para garantir que seu filho esteja sempre bem hidratado e saudável.

Tipos de desidratação infantil

A desidratação infantil pode acontecer de três jeitos diferentes, dependendo da quantidade de água e sais que a criança perde no corpo. Entender esses tipos ajuda a cuidar melhor dos pequenos:

Isotônica: É a forma mais comum, especialmente em crianças, e acontece quando a perda de água e sódio é proporcional. Geralmente ocorre por causa de vômitos e diarreia, que fazem o corpo perder líquidos e sais na mesma medida.

Hipertônica: Aqui, a criança perde mais água do que sódio, deixando o sangue mais concentrado. Esse tipo pode surgir em casos de febre alta, sudorese intensa ou quando a ingestão de líquidos é insuficiente. É mais frequente em crianças com diabetes ou que tomam certos remédios.

Hipotônica: Menos comum, essa desidratação ocorre quando a perda de sódio é maior que a de água. Pode acontecer em crianças desnutridas ou que usam diuréticos sem reposição adequada de sais, e é considerada a forma mais grave.

Quais são os sinais de desidratação em crianças?

Ficar de olho nos sinais de desidratação é essencial para cuidar bem dos pequenos, especialmente em dias de calor intenso ou quando eles estão com alguma virose.

Os sintomas mais comuns que indicam que a criança está perdendo líquidos demais incluem boca seca, olhos fundos, urina escura e menos fraldas molhadas ou xixi em menor quantidade. Além disso, o choro sem lágrimas e a irritabilidade ou sonolência também são sinais importantes de alerta.

A criança pode ficar mais cansada, brincar e falar menos, mostrando uma certa apatia ou letargia. Em bebês, um sinal que chama atenção é a moleira (a parte macia da cabeça) afundada.

Se a criança estiver recusando beber líquidos, vomitando tudo que toma ou apresentando sinais como fraqueza extrema, respiração acelerada e extremidades frias, é hora de buscar ajuda médica imediatamente, pois esses podem ser sinais de desidratação grave.

Causas mais comuns de desidratação infantil

A desidratação infantil acontece principalmente quando a criança perde mais líquidos do que consegue repor, e isso pode ocorrer por vários motivos.

  • Os vilões mais frequentes são vômitos e diarreia, que fazem o corpo eliminar muita água e sais minerais, especialmente em casos de gastroenterite ou enterovirose, muito comuns em crianças.
  • Além disso, a febre alta também contribui bastante, porque faz a criança suar mais e respirar rápido, acelerando a perda de líquidos.
  • Outro fator importante é o calor intenso, que pode causar suor excessivo e aumentar o risco de desidratação, principalmente em dias muito quentes ou quando a criança fica exposta ao sol por muito tempo.
  • Por fim, a diminuição na ingestão de líquidos — seja por dor de garganta, cansaço, ou recusa em beber — também pode levar à desidratação, já que o corpo não consegue repor o que está sendo perdido.

O que acontece se a criança desidratar?

Uma criança deitada, com os olhos ligeiramente fechados, enquanto uma mão adulta está colocando um termômetro digital na sua boca. Com a outra mão, o adulto toca suavemente a testa da criança.

Quando a criança desidrata, o corpo dela perde mais água e sais do que consegue repor, e isso pode afetar várias funções importantes do organismo. No começo, a desidratação pode ser leve, causando sintomas como boca seca, olhos fundos, urina escura e cansaço. A criança pode ficar menos animada para brincar, falar menos e até chorar sem lágrimas.

Se a desidratação piorar, os sinais ficam mais preocupantes: a criança pode ficar muito sonolenta, com a pele fria, mãos e pés gelados, e apresentar fraqueza extrema. Em casos graves, pode haver dificuldade para respirar, batimentos cardíacos acelerados e até sinais de choque, que exigem atendimento médico urgente.

A desidratação grave pode levar a complicações sérias, como convulsões, coma e até risco de vida, por isso é fundamental agir rápido. Se a criança recusar beber líquidos, vomitar tudo que ingere ou apresentar esses sinais mais fortes, leve-a imediatamente ao médico ou hospital. Com o cuidado certo, a recuperação costuma ser rápida e segura.

Primeiras ações a tomar em casos de desidratação infantil

Quando você percebe que seu filho está desidratado, o mais importante é agir rápido e com calma para ajudar a repor os líquidos e sais que ele está perdendo.

  1. A primeira coisa a fazer é oferecer líquidos com frequência — água, água de coco, sucos naturais sem açúcar e, para os bebês, o leite materno e na sua impossibilidade a fórmula infantil. Evite refrigerantes e bebidas muito açucaradas, que podem piorar a situação.
  2. Outra medida essencial é o uso do soro de reidratação oral (SRO), que ajuda a repor água e eletrólitos de forma equilibrada, principalmente em casos de vômitos e diarreia.
  3. Com recomendação médica, você pode comprar o soro pronto em farmácias ou preparar em casa com uma colher de chá de sal e duas colheres de sopa de açúcar em um litro de água filtrada e fervida, sempre respeitando as medidas recomendadas para garantir a eficácia e segurança. Ofereça pequenas quantidades a cada poucos minutos para evitar que a criança vomite.
  4. Além disso, mantenha a criança em um ambiente fresco e evite exposição ao sol nos horários mais quentes do dia.
  5. Se o bebê estiver amamentando, aumente a frequência das mamadas para garantir uma hidratação constante.
  6. Fique atento: se a criança recusar beber líquidos, vomitar repetidamente ou apresentar sinais de desidratação grave, como sonolência profunda, fraqueza, respiração acelerada ou extremidades frias, procure atendimento médico imediatamente.

Diferentes cuidados de acordo com a faixa etária

Recém-nascidos e bebês até 6 meses

  • Aumentar a oferta de leite materno: Amamentar sob livre demanda, pois o leite materno oferece água e eletrólitos ideais. Caso o bebê use fórmula, pode-se continuar, e deve-se considerar orientação médica para possíveis ajustes.
  • Evitar água pura: Nessa faixa etária, geralmente não se oferece água pura nem outros líquidos sem orientação, para não comprometer o equilíbrio de eletrólitos.
  • Procure ajuda médica: Se houver sinais de desidratação moderada ou grave (letargia, olhos muito fundos, incapaz de mamar), procurar serviço de saúde com urgência.

Bebês de 6 meses a 1 ano

  • Leite materno: Continuar ofertando em livre demanda.
  • Oferecer líquidos adicionais: Água filtrada/fervida, água de coco e caldos podem ser oferecidos.
  • Soro de reidratação oral (SRO): Oferecer pequenas quantidades (50-100 mL após cada evacuação ou vômito), sempre sob orientação. Caso a criança esteja vomitando, dar SRO em pequenas colheres a cada poucos minutos.
  • Alimentos ricos em água: Se já estiver em introdução alimentar, incluir frutas e alimentos ricos em água.

Crianças de 1 a 10 anos

  • Aumentar líquidos: Oferecer água, caldos, sucos naturais sem açúcar, além da alimentação habitual.
  • SRO após cada evacuação ou vômito: 100 a 200 mL após cada episódio. Para vômitos, oferecer lentamente (pequenas quantidades de 5 a 10 mL a cada 2 a 5 minutos), aumentando conforme a tolerância.
  • Não oferecer refrigerantes, sucos industrializados ou bebidas esportivas: Estes não têm o equilíbrio correto de eletrólitos e podem agravar a desidratação.
  • Observar sinais de alerta: Se houver agravamento (letargia, apatia, recusa em beber líquidos, vômitos repetidos), procurar atendimento médico.

Crianças acima de 10 anos e adolescentes

  • Mesmas orientações gerais: Incentivar a ingestão de líquidos conforme aceitação e SRO após episódios de perda.
  • Monitorar aceitação: Oferecer frequentemente, sem forçar.

Como hidratar uma criança rapidamente?

A melhor forma de hidratar rapidamente é oferecer pequenas quantidades de líquidos com frequência, para evitar que ela vomite ou recuse a bebida. O ideal é usar o soro de reidratação oral (SRO), que repõe água e sais minerais essenciais de forma equilibrada e segura.

Além do soro, água fresca, água de coco e sucos naturais sem açúcar também ajudam a hidratar. Para os bebês, o leite materno deve continuar sendo oferecido normalmente, pois também ajuda na hidratação.

Quando a desidratação é grave?

A desidratação se torna grave quando a criança perde tanta água e sais minerais que o corpo começa a não funcionar direito, colocando a saúde dela em risco.

Nesse estágio, os sinais ficam mais evidentes e preocupantes, como sonolência ou cansaço extremo, olhos fundos, boca e lábios muito secos, ausência de lágrimas ao chorar e fraldas ou xixi muito escassos. A criança pode parecer apática, com a pele fria e as extremidades geladas, além de apresentar batimentos cardíacos acelerados e respiração rápida.

Em casos muito graves, a criança pode ficar com a pele azulada, apresentar confusão mental, convulsões, torpor ou até entrar em coma. Esses são sinais de que o organismo está sofrendo com a falta de líquidos e eletrólitos essenciais para o funcionamento do cérebro, coração e músculos.

A desidratação grave pode evoluir para um choque, situação que exige atendimento médico imediato e, muitas vezes, hidratação por via intravenosa.

Quando procurar ajuda médica para desidratação infantil

  • Se você perceber que a criança está recusando beber líquidos, vomitando tudo que toma ou com diarreia intensa por mais de 24 horas, é hora de procurar um profissional.
  • Também fique atento se ela estiver muito cansada, com dificuldade para acordar, ou apresentando dor abdominal forte.
  • Outros sinais importantes para levar a criança ao pediatra ou pronto-socorro são a falta de urina por mais de 6 horas, urina muito escura, febre alta persistente e fezes com sangue.
  • Em bebês menores de 6 meses, qualquer sinal de desidratação merece avaliação médica imediata, já que eles são mais vulneráveis.
  • Além disso, se a criança apresentar boca e lábios muito secos, olhos fundos, choro sem lágrimas, moleira (fontanela) afundada ou extremidades frias, não hesite em buscar atendimento.

Cuidar da desidratação infantil é cuidar do bem-estar do seu filho

Agora que você já sabe o que é desidratação infantil, como reconhecer seus sinais, entender as causas mais comuns e as primeiras ações para agir, fica mais fácil proteger seu filho nos dias de calor intenso ou durante doenças como a enterovirose.

Lembre-se: oferecer líquidos com frequência, usar o soro de reidratação oral e manter a criança em um ambiente fresco são passos simples que fazem toda a diferença.

Mas, se os sintomas piorarem, como recusa em beber líquidos, vômitos persistentes ou sinais de desidratação grave, não hesite em procurar ajuda médica. A desidratação pode ser rápida e perigosa, mas com atenção e cuidado, a recuperação é possível e tranquila.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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